Gravidez e trabalho: direitos, desafios e estratégias de conciliação
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Gravidez e trabalho: direitos, desafios e estratégias de conciliação

Ser mãe e trabalhar fora de casa é uma realidade para muitas mulheres no Brasil e no mundo. No entanto, essa dupla jornada nem sempre é fácil de conciliar, especialmente durante a gravidez e os primeiros meses de vida do bebê.

Neste post, vamos abordar alguns aspectos importantes sobre a relação entre gravidez e trabalho, como os direitos das gestantes, os desafios da maternidade e as estratégias para equilibrar os papéis de mãe e profissional.

Direitos das trabalhadoras grávidas

As trabalhadoras grávidas têm uma série de direitos garantidos pela legislação brasileira, que visam proteger a sua saúde e a do seu filho, bem como evitar discriminações e demissões no ambiente de trabalho. Alguns desses direitos são:

Licença-maternidade

A trabalhadora grávida tem direito a 120 dias de licença remunerada após o parto, podendo ser prorrogada por mais 60 dias em alguns casos. Durante esse período, ela não pode ser demitida sem justa causa e tem estabilidade no emprego até cinco meses após o parto.

Salário-maternidade

 A grávida tem direito a receber o seu salário integral durante a licença-maternidade, pago pelo empregador ou pelo INSS, dependendo do caso.

Faltas para consultas pré-natais

A trabalhadora grávida tem direito a faltar ao trabalho para ir às consultas pré-natais, pelo tempo e número de vezes necessários, sem desconto no salário. Ela deve apresentar um atestado médico comprovando a necessidade das consultas.

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Dispensa de trabalho em horários especiais

 A funcionária  tem direito a ser dispensada de prestar trabalho em horário organizado de acordo com regime de adaptabilidade, de banco de horas ou de horário concentrado. Ela também não está obrigada a fazer horas extras ou trabalhar em turnos noturnos.

Creche ou auxílio-creche

 A colaboradora gestante ou que tenha filho até seis anos de idade tem direito a uma creche no local de trabalho ou a um auxílio financeiro para custear os gastos com uma creche particular.

Esses são alguns dos principais direitos das trabalhadoras grávidas, mas existem outros que podem variar conforme o tipo de contrato, o regime de trabalho e a convenção coletiva da categoria. Por isso, é importante que as gestantes conheçam os seus direitos e os exijam quando necessário.

Desafios da maternidade

Além dos direitos, as funcionárias que estão gestantes também enfrentam diversos desafios para conciliar a maternidade e a carreira. Esses desafios envolvem questões emocionais, físicas, sociais e profissionais, que podem gerar sentimentos como medo, culpa, ansiedade e frustração.

Lidar com as mudanças no corpo e na saúde, na gravidez as alterações hormonais, físicas e psicológicas na mulher, que podem afetar o seu bem-estar, o seu humor e o seu desempenho no trabalho. Além disso, ela pode ter que lidar com enjoos, dores, cansaço e outras complicações que exigem cuidados médicos.

Outra questão é lidar com as expectativas sociais. Sabemos que a sociedade ainda impõe uma série de cobranças e estereótipos sobre o papel da mulher como mãe e como profissional. Muitas vezes, espera-se que ela seja perfeita em ambas as funções, sem falhas ou reclamações. Isso pode gerar uma pressão excessiva e uma sensação de inadequação.

Mudanças na carreira e no mercado de trabalho, também é uma questão a ser pensada. A gravidez e a maternidade podem trazer impactos na carreira e no mercado de trabalho da mulher, que pode enfrentar dificuldades para se manter atualizada, para concorrer a vagas ou promoções, para negociar salários ou benefícios, ou para se recolocar após a licença-maternidade. Ela também pode sofrer discriminação, assédio ou preconceito por parte de colegas, chefes ou clientes.

Estratégias de conciliação

Diante dos desafios da maternidade, as trabalhadoras grávidas podem adotar algumas estratégias para conciliar melhor os seus papéis de mãe e de profissional, buscando mais equilíbrio, satisfação e qualidade de vida. Algumas dessas estratégias são:

Planejar a gravidez

Se possível, é recomendável que a mulher planeje a sua gravidez com antecedência, levando em conta os seus objetivos pessoais e profissionais, as suas condições financeiras e emocionais, e o apoio que terá do seu parceiro e da sua rede social.

Conhecer os seus direitos

Como vimos, a trabalhadora grávida tem uma série de direitos que devem ser respeitados pelo empregador e pelos colegas de trabalho. Ela deve se informar sobre esses direitos e exigir o seu cumprimento quando necessário.

Organizar a rotina

Uma trabalhadora grávida pode organizar melhor a sua rotina, estabelecendo prioridades, delegando tarefas, otimizando o tempo, evitando sobrecargas e imprevistos. Ela também pode negociar horários flexíveis ou home office com o seu empregador, se for possível.

Cuidar de si mesma e do seu relacionamento

Além de cuidar da saúde, a gestante também deve cuidar de si mesma como mulher, valorizando a sua autoestima, a sua beleza, os seus interesses e os seus sonhos. Ela deve reservar um tempo para si mesma, para fazer coisas que gosta e que lhe fazem bem.

Pensando nisso, ela deve cultivar o seu relacionamento com o seu parceiro, mantendo o diálogo, o afeto, a cumplicidade e a intimidade. Ela deve compartilhar as suas emoções, as suas expectativas e as suas dificuldades com ele, buscando compreensão e apoio mútuo.

Cuidar do tão esperado bebê

Por fim, mas não menos importante, a trabalhadora grávida deve cuidar do seu bebê com amor e responsabilidade. Ela deve se preparar para a sua chegada, providenciando o seu enxoval, o seu quarto e os seus cuidados básicos. Ela também deve estabelecer um vínculo afetivo com ele desde a gestação, conversando com ele, acariciando-o e cantando para ele.