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Macacos não são um risco no surto de varíola

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Sem termos recuperado totalmente da pandemia do Coronavírus, enfrentamos agora uma nova ameaça: a varíola. A OMS (Organização Mundial da Sade) declarou o surto global de infecções por monkeypox como uma emergência internacional de saúde pública, o que levantou muitas questões entre pacientes e profissionais médicos.

Uma das dúvidas mais comuns é se os macacos são uma ameaça no surto de varíola. Continue lendo este conteúdo para entender mais sobre essa doença e veja que os macacos não têm nada a ver com a disseminação dessa doença!

De onde vem a varíola dos macacos?

virus variola dos macados

A varíola do macaco não é uma doença recém-descoberta. A sua descoberta foi feita em um macaco por volta de 1958, dando origem ao nome, porém, a primeira infecção humana foi descoberta em 1970 em uma criança no continente africano, na República do Congo.

O vírus, que ficou conhecido como “Monkeypox”, causa uma doença com sintomas parecidos aos da varíola comum, mas menos graves.

O vírus foi erradicado em 1980, porém, o vírus ainda infecta pessoas em todos os continentes. Segundo levantamento da CNN, em por volta de 64 países já foram confirmados casos da doença.

É mito que os macacos transmitam a doença

O nome da doença provém da primeira descoberta do vírus em macacos em um laboratório da Dinamarca por volta de 1958. Porém, apesar de provavelmente estar entre os roedores, segundo a OMS, ainda não se sabe qual o reservatório animal.

A varíola do macaco é uma doença provocada por um vírus que foi diagnosticado e nomeado no século anterior e não possui quaisquer relações com os macacos. Na realidade, ela foi a primeira espécie a ser descoberta entre os primatas e, como resultado, ficou conhecida como a “varíola dos macacos” na comunidade científica.

Portanto, esses animais não têm qualquer associação com o surto da doença que está atingindo muitos países. Cientistas da área argumentam que, como o surto atual não possui relações com os primatas, a doença só deve ser chamada de “monkeypox” no Brasil para evitar estigmas e preconceitos contra aqueles que a contraíram, bem como casos de maus tratos aos animais.

É preciso parar de referir à varíola do macaco por esse nome porque causa confusão com macacos e símios. Por isso já recebeu o nome de Monkeypox pela Organização Mundial da Saúde e pode passar por mais uma atualização.

A nomenclatura “monkeypox” também é usada na Classificação Internacional de Doenças (CID). Todas essas ações visam evitar que as pessoas se desviem de suas ações vigilantes e prejudiquem os animais.

Transmissão

O vírus se espalha de uma pessoa contaminada para outras através do contato com feridas, fluidos corporais, gotículas respiratórias e objetos pessoais contaminados, como toalhas, roupas de cama, etc. O tempo de incubação normalmente dura entre 6 e 13 dias, embora também possa ser entre 5 a 21 dias.

A maior parte da transmissão humana ocorre por contato direto, seja através de um abraço ou beijo, uma ferida infecciosa, um corte ou fluidos corporais. Além disso, a transmissão por secreções respiratórias pode ocorrer durante um contato pessoal prolongado.

Sintomas da doença

Lesões na pele, febre, dores no corpo e dor de cabeça, entre outros, são possíveis sintomas da doença. As letalidades são estimadas entre 1% e 10%, com crianças e pessoas com imunidade comprometida apresentando sintomas mais graves.

Segundo a OMS, muitas pessoas infectadas no surto atual estão exibindo lesões na região genital e perianais, febre, linfonodos e dor ao engolir.

Apesar de as feridas orais continuarem sendo um sintoma comum em conjunto com febre e linfonodos, o surgimento de pequenos nódulos na genitália ocorre primeiro, sem espalhar-se para outras áreas do corpo.

Com base na versão mais documentada da doença, os sintomas começam no sétimo dia e isso inclui uma febre intensa e prolongada. Os sintomas comuns incluem:

  • Dor de cabeça;
  • Náuseas;
  • Cansaço;
  • Fadiga;
  • E, o mais importante, o aparecimento de inchaço de gânglios, que pode acometer tanto a região genital, quanto o pescoço e axilas.

Enquanto isso, a manifestação da pele acontece de um a três dias depois do início dos sintomas e passam por estágios diferentes:

  • Mácula (pequenas manchas);
  • Pápula (pequenas feridas);
  • Vesícula (pequenas bolhas);
  • Pústula (bolhas cheias de pus);
  • Crosta (cascas de cicatrização).

Os sintomas geralmente desaparecem naturalmente. O foco do tratamento é aliviar os sintomas clínicos, gerenciar quaisquer complicações e prevenir consequências a longo prazo.

É crucial cuidar das erupções cutâneas, permitindo que elas sequem naturalmente ou cobrindo-as com um curativo úmido para proteger a região.

Prevenção

As diretrizes de prevenção levam em conta o contato com uma pessoa infectada. Sendo assim, as ações fundamentais são evitar o contato direto com quem teve diagnóstico positivo (semelhante ao Covid-19) e praticar a higienização das mãos.

Se você notar algum sintoma ou teve contato com alguém que tenha sintomas típicos da varíola (principalmente lesões na pele) ou entrar em contato com material infectado, é aconselhável que você procure atendimento médico o quanto antes.

Já existem vacinas contra a doença?

A vacinação contra a varíola que foi feita até o final da década de 1970 também é eficaz contra a monkeypox. Porém, indivíduos com 50 anos ou menos podem ser mais suscetíveis, visto que as campanhas mundiais de vacinação contra a varíola foram descontinuadas em 1980, ano em que a doença foi declarada erradicada.

Segundo a OMS, novas vacinas foram feitas, uma das quais a organização aprovou para uso contra a monkeypox. Apesar disso, atualmente não há vacinas disponíveis no Brasil.

Existem duas variações do vírus da monkeypox: uma na África Ocidental e outra na Bacia do Congo (África Central). O primeiro caso em humanos foi descoberto em 1970 na República Democrática do Congo em uma criança pequena.

Conclusão


Como você pôde ver neste conteúdo, atualmente o surto de monkeypox não possui ligação com os macacos e, portanto, eles não causam qualquer risco para a transmissão. Essa é uma informação que precisa ser disseminada para evitar a crueldade com os animais e para que as pessoas mantenham foco no que realmente importa.

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